Era uma vez…
Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilão quando ouviu uma zoada.
Era a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha mercar palhetes à
venda, vinha às carreiras e às parafitas com bizalho. Dá-lhe uma
cangueira, trompicou no matulhão do vilhão. Bate cas ventas no lanço e
esmegalha a pucra. O vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para lhe
dar uma relampada, patinha uma poia. Ficou todo sovento. O vendeiro
dá-lhe uma ressonda por ele querer malhar num bizalho dum pequeno. Vem
o levadeiro, e, ao ver o vassola, que anda à gosma e a encher o
pampulho à custa dos outros, a ferrar com o filho, fica variado do
miolo e diz-lhe umas. O vilão atazanado, atremou mal e pensou que ele
lhe tinha chamado de chibarro, ficou alcançado, deu-lhe uma rabanada e
foi embora todo esfrancelhado.
O levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a levada. O
piquene chegou a casa todo sentido, com um mamulhão. A mãe que é uma
rabugenta mas abica-se por ele, ao vê-lo todo ementado, deu-lhe um chá
que era uma água mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como
ele não arribava, antes continuava olheirento, entujado e da chorrica
foi curar do bicho virado e do olhado. O busico arribou e até já anda
a saltar poios de bananeiras na Fajã.
terça-feira, novembro 20, 2007
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